O animal de aproximadamente um mês de vida foi resgatado pelos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, na localidade de Linha São Jose/Cafundó , no dia 12O filhote de tamanduá-mirin ( Tamanduá tetradactyla ) estava aparentemente em boas condições de...

O animal de aproximadamente um mês de vida foi resgatado pelos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, na localidade de Linha São Jose/Cafundó , no dia 12

O filhote de tamanduá-mirin ( Tamanduá tetradactyla ) estava aparentemente em boas condições de saúde, e foi encontrado em uma árvore tremendo de frio. A suspeita é de que a sua mãe tenha sido morta por cães.

Conforme o biólogo Nelson

Gonçalves Jr e a engenheira agrônoma Tarciana Maino, da secretaria de Meio

Ambiente, que participaram da missão, esta espécie é considerada vulnerável (VU),

segundo a lista de espécies ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul.

O filhote foi encaminhado

para o Centro de Recuperação do Zoológico da UCS, onde será tratado e

posteriormente reintroduzido ao seu habitat natural.

Curiosidades sobre a

espécie:

Tempo de Vida: Vivem até

20 anos

O tamanduá mirim (Tamandua tetradactyla ) recebe esse nome por causa do seu tamanho pequeno, se comparado ao tamanduá bandeira. Um adulto da espécie pesa em torno de sete quilos, tem de 45 a 85cm de comprimento corporal e uma cauda com 40 a 65cm. Os seus pelos são curtos e densos e recobrem seu corpo, a coloração é amarelo pálida com duas faixas negras que se estendem da região escapular até a porção posterior do animal. A partir dessa coloração a espécie é conhecida, também, como tamanduá de colete.

Unhas grandes

O tamanduá mirim tem garras grandes e curvas nos membros anteriores. O nome da espécie Tamanduá tetradactyla , significa “quatro dedos” em grego, correspondendo às patas dianteiras. Já nas patas traseiras, a espécie possui cinco dedos, sendo que o quinto dedo é bem reduzido com garra menor, deste modo, de difícil visualização.

Habitat

O tamanduá mirim habita a

América do Sul, leste da Cordilheira dos Andes, da Venezuela ao norte da

Argentina e Uruguai. No Brasil, a espécie se apresenta em praticamente todo o

território nacional, aparecendo na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,

Pantanal e Campos Sulinos. É encontrado nas florestas, ambientes abertos

próximos a rios e riachos.

Hábitos

O tamanduá mirim tem

grande atividade à noite, embora possa ser visto, eventualmente durante o dia.

A sua causa é semi preênsil e isso o auxilia na hora de se agarrar em algum

galho. Não há pelos no lado inferior e na extremidade da cauda. Quando não está

em atividade, costuma descansar no interior de tocas ou ocos de árvores. Em uma

área de 350 a 400 hectares pode-se encontrar dois animais da mesma espécie.

Alimentação

O tamanduá mirim se

alimenta basicamente de: formigas, cupins e abelhas. Muitas pessoas relatam que

“tamanduá” em tupi guarani significa “caçador de formigas”, pois estas aliadas

ao cupim são os seus alimentos prediletos. Para capturar o seu alimento, o tamanduá

mirim faz buracos nos formigueiros e cupinzeiros com suas garras. Sua língua é

grande coberta por espinhos voltados para trás, além disso, a sua saliva é

pegajosa, e os insetos ficam grudados nela. Em um único dia, o tamanduá mirim

pode visitar cerca de 50 ninhos de formigas e cupins. Portanto, a alimentação é

farta.

Vale lembrar que, essa

estratégia engenhosa para pegar o seu alimento é facilitada, sobretudo por um

olfato apuradíssimo, que compensa as fracas visão e audição.

Reprodução e Filhote

O tamanduá mirim é uma

espécie solitária e busca os seus pares em épocas de reprodução, que geralmente

acontece no outono. A gestação da fêmea dura aproximadamente 130 a 190 dias,

nascendo um único filhote, muito pequeno por sinal. A fêmea cuidará dele e se

separarão após cerca de um ano de idade. Este animal vive até os nove anos,

essa idade se estende também para animais criados em cativeiro. A reprodução do

tamanduá mirim é algo que causa preocupação para os estudiosos, por causa de

seus baixos níveis metabólicos, o animal tem longos períodos de gestação e um

número reduzido de crias, com isso a preocupação constante com o seu bem-estar.

Extinção

O tamanduá mirim,

aparentemente, é uma das poucas espécies ainda preservadas na fauna brasileira.

Contudo, o risco de extinção ainda se apresenta a caça, os atropelamentos e,

principalmente, a destruição do seu habitat natural (as florestas) em razão das

queimadas, geralmente elimina a sua principal fonte de alimento: cupins, larvas

e formigas. Estes aspectos contribuem para o possível declínio da população, e

até mesmo a extinção em algumas regiões. É relevante destacar que outra ação

humana ameaça a espécie, direta ou indiretamente, são os atropelamentos em

rodovias próximas ao seu ambiente natural, e ao frequente ataque de cães

domésticos.

Conservação

O tamanduá mirim é uma das quatro espécies de tamanduá no mundo. Os seus principais predadores são os felinos como a onça pintada, a suçuarana e a jaguatirica. Há reconhecidas quatro subespécies de tamanduá mirim: tamandua tetradactyla, tamanduá tetradactyla nigra, tamanduá tetradactyla quichua e tamandua tetradactyla straminea. A espécie é protegida por lei, assim como os tamanduás bandeiras. Há registros de uma conservação da espécie um tanto frágil no estado do Rio Grande do Sul.

Fonte: Portal dos Animais/Semma Farroupilha

**Informações sobre animais (como neste caso do tamanduá) podem ser obtidas na Secretaria do Meio Ambiente, pelo fone: 3261.6986.

Texto e fotos: SEMMA

Edição: Adriana Lins – Mtb 9797

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social

E-mail: adrianalins@farroupilha.rs.gov.br

Data de publicação: 17/02/2020