Administração promoveu encontro para falar sobre água e saneamento básico Comunidade, secretários, vereadores, entidades,

Administração promoveu encontro para falar sobre água e saneamento básico

Comunidade, secretários, vereadores, entidades,

autoridades do município e Corsan, bem como representantes do Estado, participaram

na noite desta quarta-feira, 20, de audiência pública sobre a situação da água

em Farroupilha. O encontro foi realizado no auditório do Sindilojas.

Durante a audiência foram abordados assuntos

como o problema de falta de abastecimento e o tratamento de esgoto (que não

existe na cidade). Duas empresas apresentaram o resultado dos estudos das

Propostas de Manifestação de Interesse (PMI), onde avaliam a viabilidade de

novos formatos de serviço para o saneamento através de levantamentos,

investigações, pesquisas, soluções tecnológicas, informações técnicas, projetos

e a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB).

Os estudos foram apresentados ao município

sem nenhum custo, sendo uma grande oportunidade para a cidade levantar a real

situação do nosso serviço atual.

Os assuntos em pauta preocupam não apenas a

administração pública, como toda a população farroupilhense e essa preocupação

não é recente. Neste contexto estão a qualidade da água, a capacidade de

abastecimento para todo o município, a questão do saneamento básico e as

melhorias de infraestrutura previstas em contrato pela empresa Corsan, que até

o momento não foram cumpridas. Essas cobranças vêm acontecendo desde o ano de 2008,

tanto por parte do poder executivo quanto legislativo.

O evento iniciou com uma explanação do

secretário municipal de Meio Ambiente, Tiago Ilha, sobre a situação,

ressaltando dados sobre o serviço prestado pela Corsan no município desde a

assinatura do contrato.

Conforme o secretário, o contrato assinado em

2008 não previa prazos ou multas por descumprimento, e inclusive foi assinado

em descumprimento à lei 11.445, onde uma das condições para contrato de

saneamento é o Plano de Saneamento Básico, o qual só foi iniciado depois de

criada comissão em 2013, e finalizado e aprovado em 2015. “Importante salientar que além desta

administração, outros dois prefeitos também já fizeram cobranças à Corsan e até

o momento nada de concreto foi feito”, acrescentou.

Uma sindicância foi aberta em 2018 para

apurar as ações e o contrato mostrou que 79,5% das obrigações da Corsan não havia

sido cumprido, de 44 cláusulas, 35 a empresa simplesmente não realizou e, por

falta de previsão no contrato, não sofreu nenhum tipo de multa por isso.

A situação se agrava ainda mais pois os

maiores investimentos, que foram iniciados e ainda não entregues (como a obra

de esgoto, que ficou parada durante seis anos) são provenientes de verbas do

PAC, e não da taxa que o farroupilhense paga.

Ficou claro que o dinheiro faturado pela

atual responsável pelo serviço em Farroupilha não volta para a cidade como

investimento no serviço.

A Corsan, através de André Finamor, Diretor de Operações e José

Homero Finamor, assessor da Diretoria de Operações, também se manifestou e assumiu que muitas

obras previstas no contrato não foram realizadas, mas que pretende sanar esses

problemas.

As ações não realizadas durante este período

seriam agora retomadas, como a obra da Estação de Tratamento de Esgoto, com

nova previsão de entrega (quando as obras iniciaram seriam entregues em 2015). A

empresa também expôs mais uma proposta de investimento na cidade de R$ 25

milhões para os próximos 18 anos.

Segundo o prefeito Claiton Gonçalves, a

administração levou a público a discussão sobre a avaliação se a Corsan deve

continuar prestando serviços à comunidade ou se o município faz a contratação

de outra empresa por entender que a situação como está não pode continuar e que

medidas urgentes precisam ser tomadas. “A população irá responder sobre a

proposta da estatal, mas esse assunto precisa ser resolvido o mais rapidamente

possível. Os farroupilhenses pagam por este serviço, por conta disso merecem

qualidade, merecem infraestrutura de acordo com suas necessidades. Água é uma

questão prioritária, de saúde e de qualidade de vida”, destacou o

prefeito.

Durante o encontro muitos representantes de entidades

se manifestaram, bem como moradores do interior do município. As considerações

destacaram principalmente a falta de qualidade da água e a preocupação com as

barragens. Outras manifestações sugeriram a gestão compartilhada do recurso e a

reavaliação do contrato feito com a Corsan.

Conforme o poder público todas essas manifestações e considerações serão avaliadas, e um passo importante foi dado para que o problema seja resolvido.

Confira o vídeo da audiência pública:

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social

E-mail: adrianalins@farroupilha.rs.gov.br

Data de publicação: 21/11/2019