A primeira-dama de Farroupilha Fran Somensi participou nesta terça, 20, de audiência pública para tratar do tema que tramita desde 2011 em Brasília, mas que ainda não tem uma solução definitiva.
A primeira-dama de Farroupilha Fran Somensi participou nesta terça, 20, de audiência pública para tratar do tema que tramita desde 2011 em Brasília, mas que ainda não tem uma solução definitiva. Afinal, de quem é a responsabilidade pelos resíduos de medicamentos que muitas vezes acabam impactando o meio ambiente? Em oito anos não se chegou a um consenso entre a indústria farmacêutica, o governo, os conselhos e os empresários do ramo.
O fato é que Francis apresentou na Câmara dos Deputados a Farmácia Solidare como uma prática pública que deu certo em Farroupilha, comprovando seus resultados econômicos, sociais e ambientais. De acordo com a primeira-dama, em três anos, o projeto já enviou para o descarte correto mais de duas toneladas de medicamentos. A audiência pública foi solicitada na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável pelo Deputado Federal Carlos Gomes, que presidiu o debate.
A Solidare foi instituída em Farroupilha pelo Decreto 5.841 de 2015 e a responsabilidade do descarte é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Atualmente, não existe uma legislação estadual ou federal específica para o tema. “Nós ficamos muito felizes em representar o nosso estado e a nossa cidade em Brasília mostrando um exemplo que já deu certo, e que o medicamento, tendo um cuidado técnico de armazenamento, triagem e distribuição, antes de ser jogado fora como lixo pode, sim, ajudar milhares de pessoas, evitar o descarte incorreto e proteger o meio ambiente”, explica Somensi.
Para Daniela Buosi Roms do Ministério da Saúde, a solução começa com pequenas ações como esta de Farroupilha. “Nós temos que nos desarmar e pensar coletivamente. Temos que aprender com exemplos como esse e entrar nessas discussões com pensamentos e ações positivas”, conclui. O presidente da audiência, Deputado Carlos Gomes, encerrou o debate dizendo que tudo começa com a boa vontade das pessoas, que não se pode esperar pela judicialização de todas as causas, mas sim, ter a responsabilidade e atitude de sentar, conversar e organizar soluções conjuntas, visando o bem estar social e o cuidado com o meio ambiente. “O que acontece com os medicamentos é o mesmo que acontece com os alimentos. Muitas vezes o dono do restaurante deixa de doar as sobras e prefere colocar no lixo, porque se alguém passar mal com aquilo, ele pode ser responsabilizado. Então, faço um apelo aqui para os senhores, que nos ajude a resolver essas questões. Tudo começa pela boa vontade”, finalizou.
Além de Francis, fizeram parte da mesa Daniela Buosi Roms, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, representando o Ministério da Saúde, Marília Viotti do Ministério do Meio Ambiente, Serafim Branco Neto da Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias, Cristiane Soares da Confederação Nacional do Comércio e João Cesar Rando, Diretor do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev).
Fonte: Comunicação Francis Somensi
Data de publicação: 21/11/2018