A Secretaria de Desenvolvimento Rural recepcionou na segunda-feira, 17, o comitê do Centro Ecovida, que promoveu, nas dependências do CEAC, a capacitação do Conselho de Ética do Núcleo Serra.

A Secretaria de Desenvolvimento Rural recepcionou na segunda-feira, 17, o comitê do Centro Ecovida, que promoveu, nas dependências do CEAC, a capacitação do Conselho de Ética do Núcleo Serra.

Um público de 80 pessoas, representando 30 municípios que compõem os grupos de agricultores ecologistas da região da serra, pertencentes a Rede Ecovida, participaram do encontro. Os palestrantes Leandro Venturin e Laercio Meireles falaram sobre o procedimento de certificação e objetivos da Rede Ecovida.

O funcionamento da Rede Ecovida é horizontal e descentralizado e está baseado na organização das famílias produtoras em grupos informais, associações ou cooperativas. Estas organizações se articulam com associações ou cooperativas de consumidores, ONGs e outras instituições e formam um Núcleo Regional, circunscrito a determinada área geográfica. Cada Núcleo tem uma coordenação com uma tarefa de animação e gestão. A soma dos diferentes núcleos (nos estados do RS, SC e PR) formam a Rede Ecovida de Agroecologia. A Rede também possui uma coordenação composta por representantes dos estados que além da função animadora, também possui uma função deliberativa.

Cada uma dessas esferas possui fóruns específicos para deliberação e tomadas de decisões, sendo eles: reuniões dos grupos, plenárias de núcleos, plenárias estaduais, plenária geral e Encontro Ampliado (espaço maior de encontro dos membros da Rede e que se realiza a cada 2 anos).

Certificação Participativa

No âmbito da Rede Ecovida de Agroecologia, a certificação tem sido trabalhada como um processo pedagógico onde agricultores, técnicos e consumidores se integram no intento de buscarem uma expressão pública da qualidade do trabalho que desenvolvem. A este processo chamamos certificação participativa.

Denominamos de Certificação Participativa o processo de geração de credibilidade que pressupõe a participação solidária de todos os segmentos interessados em assegurar a qualidade do produto final e do processo de produção. Este processo resulta de uma dinâmica social que surge a partir da integração entre os envolvidos com a produção, consumo e divulgação dos produtos a serem certificados.

No caso da Rede Ecovida de Agroecologia a Certificação Participativa se dá em torno do Produto Orgânico e a credibilidade é gerada a partir da seriedade conferida à todo o processo, partindo da palavra da família agricultora e se legitimando socialmente, de forma acumulativa, nas distintas instâncias organizativas que esta família integra.

Data de publicação: 19/09/2018