Os farroupilhenses Edevilson Pozza, Júnior Marchet, Edgar Antônio Dal Pizzol, Fernando Miguel Regalin e Bruno Girelli retornaram da Itália no sábado, 9, onde participam do Programa de Formação Técnica em Inovação no Agronegócio, na cidade de Latina....
Os farroupilhenses Edevilson Pozza, Júnior Marchet, Edgar Antônio Dal Pizzol, Fernando Miguel Regalin e Bruno Girelli retornaram da Itália no sábado, 9, onde participam do Programa de Formação Técnica em Inovação no Agronegócio, na cidade de Latina.
O curso de formação teve o objetivo de transferir todas as habilidades básicas necessárias aos procedimentos relativos ao trabalho e a fertilização do solo, semeadura, poda, colheita e outros processos de cultivo e produção vitivinícolas e do kiwi. Eles ficaram divididos em três propriedades, duas de kiwi e uma de uva, sendo elas: Grupo Gollino, Azienda Del Diego Snidaro e Casale Del Giglio. Lá eles desenvolveram a parte teórica e prática como condução e manejo de pomares de uva de kiwi.
Todos os participantes foram certificados pela ENADIL – Ente Nazionale per l’Addestramento e l’Istruzione dei Lavoratori, com sede em Latina, Itália.
Na manhã de quarta-feira, 13, os agricultores farroupilhenses foram recebidos no Gabinete pelo Prefeito Claiton Gonçalves e secretários municipais. Na ocasião eles apresentaram o que aprenderam durante os 30 dias intercâmbio na Itália, sobretudo nas culturas de kiwi e uva. Todos foram unanimes ao falar sobre a preocupação que os italianos têm com a qualidade da produção, e não somente com quantidade, como é observado aqui na região.
“A viagem nos abriu uma nova visão para o cultivo do kiwi. A fruta que existia aqui é totalmente diferente da que existe lá. Lá é um novo patamar. Temos muita coisa parecida aqui, o nosso solo é até mais completo, então é possível adaptar. Com a ajuda de todos e com a nossa vontade vamos mudar e fazer o kiwi produzir novamente em Farroupilha”, ressaltou Junior Marchet, que na propriedade em Farroupilha trabalha com frutas de caroço, kiwi e uva.
Edevilson Pozza, que trabalhou com kiwi durante o intercâmbio, ressaltou a preocupação com qualidade. “Na nossa realidade, em um ano teremos que avançar 40, as nossas variedades aqui eram cultivadas lá há 40 anos. Será um desafio grande, mas vamos buscar tecnologias para conseguir alcançar a qualidade que eles têm lá. Eles se preocupam muito com isso, qualidade, qualidade e qualidade. ”
Para Fernando Miguel Regalin, que trabalhou duas semanas com kiwi e duas semanas numa vinícola, o conhecimento que eles trouxeram da Itália será implementado em todas as culturas. “Vai ser uma revolução, o que estamos trazendo vai ser um salto de qualidade e produção em Farroupilha. É um mercado que só tende a crescer sabendo utilizar as técnicas de manejo adequada, visando a qualidade em primeiro lugar. Não somente no kiwi, mas nos vinhedos e em todas as culturas, temos que pensar em qualidade. ”
Voltar a ostentar o título de Capital Nacional do kiwi é o desejo de Bruno Girelli. “Essa será uma nova era para a capital nacional do kiwi. Fomos lá pensando no que fazer para reduzir os danos da doença que atinge os nossos pomares. Mas chegamos lá e nos deparamos com um problema muito pior, mas que eles se adaptaram, aprenderam a lidar e ainda assim trabalham com qualidade. Esse é o pensamento chave que tem que entrar na cabeça do farroupilhense, pensar mais em qualidade e menos em quantidade. ”
E a disponibilidade de ensinar e passar adiante os conhecimentos, sem temer pela concorrência, foi outro fator que chamou a atenção dos agricultores. “Foi uma experiência muito boa e as pessoas lá nos trataram muito bem. Eles não têm medo de ensinar, de mostrar o que dá certo lá e que podem levar para outro lugar. Os italianos não têm medo que ninguém tire o mercado deles. Lá os produtores são colegas e não concorrentes. Aqui são muito individuais”, destacou Edgar Antônio Dal Pizzol.
O objetivo do intercâmbio é fazer com que os jovens agricultores sejam multiplicadores de seus conhecimentos em Farroupilha, viabilizando o emprego de novas tecnologias no desenvolvimento da agricultura local, sobretudo na produção de kiwi e uva. Além disso, esse convênio tem a finalidade de oferecer mais oportunidades para os jovens se fixarem na propriedade.
“Agora vamos organizar palestras com os produtores em diferentes localidades de Farroupilha, afinal, esse é objetivo da formação, que eles repassem seus conhecimentos sobre novas tecnologias que podem contribuir para o desenvolvimento da agricultura local. E a prioridade será sempre jovem agricultor”, explicou o secretário de Desenvolvimento Rural, Ricardo Bicca Ferrari.
Por fim, em nome dos agricultores, Edevilson Pozza fez um agradecimento a todos. “Temos só agradecer a Prefeitura, o secretário Bicca, que nos abraçou como filhos, e ao Gemellaggio. Agora vamos mostrar que essa viagem que não foi um gasto para prefeitura, mas um investimento para a cidade. Queremos agradecer ainda o Fabrizio de Lucca, o Diego Snidaro e o Federico Cochillon que foram nossos pais lá na Itália, além da Marilena Sovrani.
A Prefeitura de Farroupilha forneceu o transporte aéreo, as despesas com hospedagem e curso de formação. Já os alunos se responsabilizaram com alimentação, transporte na cidade, seguro viagem e despesas pessoais.
Texto: Claudia Chiele
Edição: Assessoria de Imprensa e Comunicação Social
claudiachiele@farroupilha.rs.gov.br
Data de publicação: 14/06/2018