Saiba como o espaço tem aproximado o farroupilhense da cultura e mudado a vida de crianças, adultos e idosos   “Já aprendi a tocar violão, a cantar, a atuar e tocar um pouco de flauta doce. Me sinto confortável aqui.

Saiba como o espaço tem aproximado o farroupilhense da cultura e mudado a vida de crianças, adultos e idosos

 

 “Já aprendi a tocar violão, a cantar, a atuar e tocar um pouco de flauta doce. Me sinto confortável aqui. Os professores são especiais, queridos e me incentivaram na carreira que eu escolhi, que é ser cantora”, fala a expressiva Ana Lívia Pereira Pinto, 10 anos. Há quatro anos, ela estuda música e teatro na Casa de Cultura de Farroupilha, de forma totalmente gratuita. Assim como a Ana, centenas de moradores, de todas as idades, são acolhidas no espaço desde 2013.

Situada em uma edificação de importante valor histórico e cultural para o município (o casarão na Rua da República foi residência do ex-prefeito Avelino Maggioni e também Casa Paroquial), o local é hoje um centro de fomento e exposição multicultural. 

São oferecidas à população, aulas de teatro, formação musical, atividades culturais, de lazer e de entretenimento, além de exposições de artes e fotográficas e concertos musicais abertos ao público. Para diversificação e aprendizagem dos seus alunos, a Casa também é parceira da Banda Municipal Cinquentenário, que além de ensaiar no local apresenta recitais gratuitamente.

Para o diretor da Casa, Alexandre Broilo, o projeto proporciona o ensino e a apresentação de conteúdos de alto valor para a formação de uma sociedade melhor. “Nosso objetivo é oportunizar o conhecimento e o respeito da pluralidade étnica, da diversidade cultural, capacitar intelectual e emocionalmente os indivíduos e a sociedade. As atividades executadas aqui criam uma união da arte e da cultura com o cotidiano das pessoas e, consequentemente, o incremento na qualidade de suas vidas. Temos percebido que cada vez mais as pessoas se envolvem e comparecem aos eventos promovidos. A comunidade farroupilhense deve se sentir grata”, destaca.

É como o artista plástico visual, José Antônio Trotiño se sente. “Sou muito grato pela existência dessa Casa que está nos oportunizando ter contato com o público, fazer exposições e mostrar a obra que a gente faz, por que o artista se alimenta da admiração das pessoas, do retorno, e isso faz com que a gente busque se aperfeiçoar. É um ponto de convergência dos aristas da cidade e da região, um local fundamental da expressão artística”, avalia.

O sentimento de gratidão também faz parte da vida de Norival Leomar da Silva, o Nori. Ele é cego e, a partir da parceria firmada com a Associação Farroupilhense de Deficientes Visuais (Afadev) conheceu a Casa de Cultura e a Escola Pública de Música. Foi ali que se apaixonou pelo som do piano e viu a vida ganhar novo sentido aos 52 anos. “Conhecer os instrumentos, os sons, sentir como eram…aquilo me cativou. Pelo piano, eu me apaixonei e decidi começar as aulas. Treinar, tocar, sentir o instrumento, ter uma distração, estar junto com outras pessoas, é maravilhoso. Muitas pessoas pensam que o cego não pode fazer nada, mas quando se tem força de vontade, tudo é possível. Eu me sinto realizado. A casa faz muita diferença na minha vida”, relata.

Cristiane Pereira Pinto, mãe da cantora mirim Ana Lívia, também enfatiza a importância do espaço para a filha e consequentemente para a família. “É muito claro o crescimento dela, o desenvolvimento das habilidades como cantora. Aqui ela se sente acolhida, passa a semana perguntando quando tem aula, está sempre empolgada para aprender. Para nós é um ponto de apoio muito importante, até pela situação financeira. Hoje ela faz quatro atividades e não teríamos condições de pagar se fosse em uma escola particular”, conclui.

O abraço da Casa de Cultura não é sentido apenas pelas crianças. Os adultos e idosos também são muito bem recebidos. Recentemente, o Coral Il Romano, formado em sua maioria por pessoas da terceira idade passou a ensaiar na Casa e ainda ganhou um regente, como explica a coordenadora do grupo, Marilene Bottoni. “Para que possamos representar a cultura italiana, precisamos de apoio e isso que conseguimos aqui. Nos cederam uma sala para ensaios e ainda um professor para regência. Temos colegas de mais de 80 anos e eles rejuvenesceram com esse acolhimento, não tem preço e palavras que descrevem essa emoção. Pra nós foi um presente ser acolhido aqui, um presente divino.”, fala emocionada.

A Casa ainda abriga a Escola Pública de Música, projeto iniciado há cinco anos pelos músicos e professores Tiago Daiello e Vanderlei Fontanella. Nesta fase, eram ofertados os cursos de Musicalização Infantil, Musicalização Adulto e MPB/JAZZ.

“Foi uma época em que escola reuniu, nos encontros e debates, um público bastante diversificado, incluindo professores da educação básica, profissionais da comunicação social, músicos e artistas em geral, além dos alunos. Assim, começava sua inserção na comunidade farroupilhense, combinando a formação específica na área musical com momentos de discussão e qualificação”, explica Broilo.

Em 2014, a Escola foi agraciada com o prêmio FAMURS – CODIC nas categorias Música e Especial como Melhor Projeto Cultural do Estado do Rio Grande do Sul, prêmio que torna o município de Farroupilha referência cultural no Estado.

“A Casa de Cultura foi uma conquista da população, que pedia por um espaço cultural em Farroupilha. Ela veio pra preencher essa lacuna. É ponto de encontro e de extrema importância para o desenvolvimento da arte em suas mais amplas manifestações, como a música, o teatro, a dança, as artes plásticas e o teatro. Ficamos muito felizes com o quinto ano da casa, ampliando cada vez mais a oferta de atividades e sempre de portas abertas à comunidade”, diz o Secretário de Turismo e Cultura, Francis Casali. 

Neste ano, um novo plano pedagógico, que inclui na atividades agregadas como o Laboratório Musical, In Concert, Estudos Aplicados e Curso de Extensão de Violão, foi implantado. O objetivo é desenvolver a prática musical em um ambiente criativo, reconhecendo a música como uma linguagem, com possibilidades variadas de exploração no processo educacional.

Para o professor de Piano, Violoncelo, Violino e Canto, Fabio Chagas, ser docente da Casa é uma oportunidade ímpar. “Tenho uma adoração plena por esse lugar. Aqui temos liberdade no planejamento, em sugerir programações, repertórios, trazer novidades, ir pra rua, colaborar com outras atividades, exercendo a plena competência em todos os momentos”, diz.

O corpo docente da Escola é composta por sete músicos profissionais e atende regularmente em quatro períodos: manhã, tarde, vespertino e noite, lecionando para 300 alunos regulares.  São oferecidos os cursos Preparatório para Musicalização, Iniciação ao Violão e Preparatório para MPB/JAZZ. Para acompanhar as seleções para as aulas de música, período de inscrição para as aulas de teatro e a programação da Casa de Cultura, acesse a página facebook.com/ Casa de Cultura de Farroupilha ou o site da prefeitura: farroupilha.rs.gov.br.

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Texto: Renata Parisotto

Edição: Assessoria de Imprensa e Comunicação Social

Fotos: Adroir Fotógrafo e Arquivo Prefeitura de Farroupilha

Design: Jonas Viega 

imprensa@farroupilha.rs.gov.br

Data de publicação: 04/06/2018