A Prefeitura de Farroupilha, através da Secretaria Municipal de Saúde, realizou nesta quarta-feira, 07, o repasse de um aparelho ao Hospital Beneficente São Carlos para a realização de testes da orelhinha nos bebês recém-nascidos.
A Prefeitura de Farroupilha, através da Secretaria Municipal de Saúde, realizou nesta quarta-feira, 07, o repasse de um aparelho ao Hospital Beneficente São Carlos para a realização de testes da orelhinha nos bebês recém-nascidos. O aparelho, no valor de R$ 12 mil, foi adquirido pela Secretaria Municipal da Saúde com recursos oriundos do Programa Nota Fiscal Gaúcha. O incremento anual para a casa de saúde será de R$ 13.442,45.
O teste da orelhinha é lei, desde 2010, que torna obrigatória a realização do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas. Todos os hospitais e maternidades devem realizar o teste gratuitamente nas crianças nascidas em suas dependências. A triagem auditiva neonatal universal por meio do teste da orelhinha é capaz de detectar deficiências auditivas desde o nascimento, possibilitando o diagnóstico e o tratamento precoce de eventuais problemas. Como é sabido, o diagnóstico precoce é fundamental para a realização de procedimentos que irão minimizar os impactos da deficiência auditiva no desenvolvimento da criança.
Todo bebê está sujeito a apresentar problemas auditivos ao nascer ou adquiri-los nos primeiros dias de vida, por isso o teste é realizado logo no primeiro de nascimento. Até os seis meses, a criança desenvolve a aquisição da linguagem de forma involuntária e espontânea. Depois disso passa a ser intencional. O problema em não realizar o teste dentro do prazo estabelecido é que quando o diagnóstico é dado tardiamente o prejuízo no desenvolvimento auditivo, influencia o aprendizado da linguagem, cognitivo e emocional.
A triagem auditiva dura menos de dez minutos. O teste da orelhinha é indolor, não necessita de anestesia e nem se colhe sangue. Também não apresenta contraindicações. Consiste apenas na colocação de um fone na orelhinha, acoplado a um computador, que emite sons e recolhe as respostas que a cóclea (caracol ou cavidade espiral da parte auditiva do ouvido interno) do bebê produz.
Em mil crianças nascidas no Brasil, de uma a três delas apresentam problemas de surdez. Em casos de UTI Neonatal, o índice chega de 20 a 50 bebês para mil nascimentos.
A fonoaudióloga do Hospital São Carlos, Claudia Farinon, ressalta a importância desse aparelho para os bebês. “É um orgulho recebermos esse equipamento, pois a detecção precoce da surdez contribui em diversos fatores. Sem o teste, só se percebe a perda auditiva por volta dos dois anos de idade, porém, com essa idade se perdeu muito estímulo. Os problemas de audição têm uma alta incidência, por isso, a aquisição engrandece o nosso trabalho na maternidade, além de beneficiar todos os bebês que aqui nascem. ”
Para a Secretária de Saúde, Rosane da Rosa, o foco é a prevenção. “O Hospital São Carlos é referência para a região em nascimento. Por isso esse equipamento que vem para qualificar ainda mais o trabalho da casa de saúde. E iniciar logo o tratamento é de extrema importância para o tratamento e desenvolvimento das crianças. ”
A superintendente do Hospital, Janete Toigo, destaca a importância desse equipamento. “Parece um aparelho tão pequenino, mas de grande importância para os bebês que não podem se expressar. E de nada adiantaria ter o aparelho se não tivéssemos uma profissional capacitada para esse tipo de procedimento. ”
Texto: Claudia Chiele
Edição: Assessoria de Imprensa e Comunicação Social
Foto: Adroir Fotógrafo/Assessoria de Imprensa
claudiachiele@farroupilha.rs.gov.br
Data de publicação: 07/02/2018