Objetivo é reduzir ao máximo o envio de resíduos para o aterro sanitário e gerar lucro A Secretaria de Meio Ambiente de Farroupilha realizou na quinta-feira, dia 11, o Workshop Gestão Pública para Cidades Lixo Zero.

Objetivo é reduzir ao máximo o envio de resíduos para o aterro sanitário e gerar lucro


A Secretaria de Meio Ambiente de Farroupilha realizou na quinta-feira, dia 11, o Workshop Gestão Pública para Cidades Lixo Zero. O evento buscou debater as questões relacionadas aos resíduos sólidos urbanos e foi conduzido por Rodrigo Sabatini, fundador do Instituto Lixo Zero. O objetivo foi a conscientização da comunidade e definição de políticas públicas para reduzir ao máximo o envio de resíduos para o aterro sanitário, reutilizar o que for possível, reciclar os materiais, e realizar compostagem do material orgânico, gerando uma cadeia produtiva, trabalho, renda e retorno em impostos aos cofres públicos.

Na abertura do encontro, que contou com a presença de lideranças locais e regionais, secretários municipais e estudantes, o prefeito Claiton Gonçalves ressaltou a necessidade do município reduzir a quantidade de lixo que é encaminhado para o aterro sanitário. “Não podemos manter a progressão geométrica no aterro sanitário e, por isso, precisamos discutir nosso modelo de gestão para sermos sustentáveis”, afirmou. Para haver esta redução do lixo, é preciso cada vez mais conscientização da população sobre a separação correta dos resíduos, a definição de políticas públicas para a redução, a reutilização, a reciclagem e a compostagem dos resíduos orgânicos. “Criar o novo caminho de conduta para os resíduos urbanos é um dos grandes desafios para solucionarmos o problema do lixo”, salientou Claiton.

Segundo um levantamento de Sabatini, o município investe aproximadamente R$ 10 milhões por ano com a coleta e destinação do lixo, mas este recurso pode ser economizado e o lixo pode virar uma fonte de renda altíssima se bem trabalhado. “Se pegarmos o que gastamos com o lixo e transformarmos isso em um negócio, reduziremos os resíduos no aterro e gerar emprego e renda para centenas de pessoas”, destacou.

Para o palestrante, o início do processo se dá na casa de cada um, através da redução do consumo, da separação e da destinação correta dos resíduos sólidos. Além disso, também a compostagem em casas reduz o lixo orgânico que vai ao aterro. De acordo com Sabatini, 48% do que vai para o aterro é comida que poderia ser reaproveitada como adubo, por exemplo. “Se no mundo ideal a gente transformar o lixo em lixo zero, automaticamente a gente transforma o lixo em dinheiro”, pondera. Depois, vem a parte da gestão pública, que realiza a coleta, separa os materiais recicláveis e destina para venda, gerando lucro.

Ao final do encontro, os presentes dividiram-se em grupos de trabalho com temas como educação, reciclagem, reuso e compostagem. Os integrantes de cada equipe debateram as ações possíveis para serem implantadas em Farroupilha. O resultado do trabalho se transformará em um programa sugerido pelo Instituto Lixo Zero e encaminhado para a prefeitura. “Farroupilha já está bem preparada para mudar esta realidade, basta a conscientização e políticas públicas”, finalizou Sabatini.

Durante o workshop, o diretor da Silvestrin Frutas, Gervásio Silvestrin, falou sobre as ações da empresa para redução dos resíduos. A empresa reduziu quase em 100% a produção de lixo, comercializando mais de 20 toneladas de matérias recicláveis por mês e destinando para a compostagem as frutas impróprias para o consumo. Além disso, a empresa reaproveita a água da lavagem dos caminhões e coleta a água da chuva.

Texto e fotos: Tomaz Graciliano

Edição: Assessoria de Imprensa e Comunicação Social

tomazgraciliano@farroupilha.rs.gov.br

Data de publicação: 12/05/2017