Para conhecer melhor uma cidade ou um país, além de outros aspectos, é preciso saber mais sobre o modo de vida dos seus moradores, concorda? Para isso, não basta observar o presente, é preciso também conhecer o passado.
Para conhecer melhor uma cidade ou um país, além de outros aspectos, é preciso saber mais sobre o modo de vida dos seus moradores, concorda? Para isso, não basta observar o presente, é preciso também conhecer o passado. Um dos lugares mais propícios para imergir na história de um povo, reacender o que ficou recluso no tempo e ampliar o nosso saber é o Museu.
Por vezes pouco frequentado na maioria das cidades do Brasil, é no Museu que estão registros e objetos capazes de provocar sensações, ideias e fazer com que aprofundemos a nossa consciência de identidade, como enfatiza o Historiador e Diretor dos Museus Municipais de Farroupilha, Vinicius Pigozzi. “As pessoas devem visitá-los para ampliarem sua visão de mundo, seu conhecimento, sua cultura. É a verdadeira importância. Assim, é possível compreender e refletir sobre a condição e história humana”.
Em Farroupilha existem dois Museus. O Casa de Pedra, localizado no bairro Nova Vicenza, concentra em seu acervo a história do município e da imigração italiana na serra gaúcha. Tem objetos variados relacionados ao mundo do trabalho colonial – agricultura, ferraria, carpintaria, tanoaria e fabricação de vinho – e ao ambiente doméstico – itens de cozinha, de quarto, de sala.
Já o Casal Moschetti, no centro da cidade, reúne peças relacionadas a vida de Lydia Moschetti, italiana naturalizada Brasileira, que doou o seu acervo para a cidade em homenagem à colonização italiana. São inúmeros artigos de grande beleza e raridade usados no ambiente doméstico e de uso pessoal.
Um dos itens é a boneca Lenci, que Lydia ganhou como prêmio num concurso de canto em um navio, durante uma viagem à Itália. A boneca de porcelana, do tamanho de uma criança de oito anos, tem um olhar peculiar. Isolada em uma das salas do museu, Lenci é motivo de comentários sobre a sua sobrenaturalidade, sendo considerada uma das cinco lendas urbanas de maior expressividade do RS.
Horários ampliados e investimentos são incentivos à visitação
Para incentivar que farroupilhenses e turistas frequentem os locais, a Prefeitura ampliou os horários de visitação aos museus. Desde o ano passado, eles ficam abertos de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, sem fechar ao meio-dia. Ainda é possível agendar visitas livres ou guiadas nos finais de semana, pelos telefones 54.3261 6914 e/ou 54.3261 6997.
Conforme levantamento realizado pela Secretaria de Turismo e Cultura, esse pode ser um dos fatores que resultou em quase quatro mil visitas em 2016, “Há farroupilhenses, estudantes e público em geral. No ano que passou foram 3772 pessoas que procuraram os museus”, destaca Pigozzi. E não são somente os moradores de Farroupilha. A pesquisa revelou a visitação de brasileiros de todas as regiões e também de estrangeiros.
Para Pigozzi, os museus de Farroupilha têm cumprido seu papel de ser uma fonte histórica e muitas vezes surpreendem os frequentadores. “Geralmente quem frequenta quer conhecer a região e tem os museus como uma boa referência para conhecer a história local. Alguns querem também reavivar boas lembranças de outros tempos. Idosos que recordam sobre os tempos de sua infância, crianças que se surpreendem com as diferenças tecnológicas e as dificuldades de outrora e italianos que visitaram e reconheceram muito da sua terra nos acervos dos museus”, recorda o historiador.
Outros investimentos estão sendo realizados para que mais pessoas acessem e conheçam um pouco mais sobre Farroupilha. Conforme o Secretário Municipal de Turismo e Cultura, Francis Casali, atualmente, o Museu Casa de Pedra recebe obras de infraestrutura e reformas de acessibilidade, com a instalação de diversos itens e de um elevador que dará acesso a três ambientes.
Com a ampliação, vai ser possível ocupar o andar superior do prédio como sala de exposições temporárias, junto com espaço para atendimento ao público. Ali será a entrada principal, de fronte a Avenida Vêneto. Na parte inferior, além dos sanitários, será instalada a reserva técnica, espaço onde ficam os objetos do acervo em duplicata ou que não correspondem ao recorte espacial e temporal que se quer dar a exposição permanente. O investimento é de R$ 264 mil.
Casali ressalta ainda que está no planejamento da Prefeitura, propor uma Lei de Incentivo à Cultura para um restauro amplo nas partes antigas dos dois museus. O projeto arquitetônico está em desenvolvimento e após será aberta uma chamada pública de produtores culturais que possam desenvolver a obra. O Secretário destaca ainda que além dessas melhorias, Farroupilha vai ganhar um museu neste ano, o da Uva e do Vinho, no Parque Centenário da Imigração Italiana. “Além de dar enfoque a importância dessa produção para a colonização, vai servir como uma sala de exposição de outros artistas locais”, diz.
Conheça a história de Farroupilha
Os Museus são portas de entrada para a história. Em Farroupilha, os dois espaços que guardam a memória do município, Casal Moschetti e o Casa de Pedra, estão de portas abertas para te receber.
Uma das esculturas relacionadas a vida de Lydia Moschetti
Faça sua visita, mergulhe na história do município e sinta um pouco do que era viver em outra época. Os históricos detalhados de cada Museu você encontra no link Aqui .
Também preparamos uma galeria especial de fotos, que pode ser acessada no endereço eletrônico https://www.flickr.com/photos/farroupilha.
Texto: Renata Parisotto
Fotos: Adroir Fotógrafo
Criação gráfica: Jonas Viega
imprensa@farroupilha.rs.gov.br
Edição: Assessoria de Imprensa e Comunicação Social
Data de publicação: 27/01/2017