Tem início no próximo sábado, 06, o evento Farroupilha Bem Gaúcha. A programação está repleta de dança, cinema e shows com grandes nomes da música gaúcha.

Tem início no próximo sábado, 06, o evento Farroupilha Bem Gaúcha. A programação está repleta de dança, cinema e shows com grandes nomes da música gaúcha. Neste ano a programação segue até 21 de setembro, no Largo Carlos Fetter, com o tema Eu Sou do Sul e homenageará o artista Gildo de Freitas.

Entre as atrações, os visitantes poderão aproveitar o Festival de Cinema Gaúcho. Serão apresentados seis filmes clássicos, alguns deles com repercussão nacional, e também o documentário do CTG Ronda Charrua, campeão do Enart 2013. O festival ocorre no Acampamento Farroupilha, às 18 horas, com entrada franca.

Confira a programação do Festival de Cinema Gaúcho:

Dia 07.09 – Adelar Bertussi – O Tropeiro da música gaúcha: O tropeiro da música gaúcha, e um dos maiores ícones da música serrana, assim pode ser chamado Adelar Bertussi. Nada mais do que merecido este documentário que conta sua trajetória ao longo desse anos, resultado de uma vasta pesquisa sobre a sua vida e as suas obras. Durante quatro anos uma equipe acompanhou os passos de Adelar Bertussi em diversos locais, como por exemplo, em sua fazenda em São Jorge da Mulada, distrito de Criúva, interior de Caxias do Sul, passando pelo Rodeio de Vacaria e chegando em Nova Iorque nos Estados Unidos. Entre uma conversa e uma música, Adelar brilha nesse DVD, pois mostra toda sua simplicidade e seu talento que encanta seus amigos, familiares, colegas e artistas que deixam seu depoimento em faixa bônus.

Dia 09.09 – Monarcas – A Lenda A História de Chiquito e Gildinho: Considerado um dos mais tradicionais grupos de música gauchesca, o conjunto Os Monarcas esbanja fama e sucesso por onde passa. Mas, nem sempre foi assim. Alcançar fama e sucesso, principalmente no mercado da música regionalista gaúcha, é uma estrada difícil de ser percorrida. Gildinho e Chiquito, irmãos e fundadores do grupo Os Monarcas, tiveram muitos tropeços e decepções ao longo de suas carreiras. A trajetória de vida dos dois foi difícil, porém. O filme é ambientado na década de 40 e mostra passagens importantes da vida de Nésio e Francisco Alves Corrêa (Gildinho e Chiquito). A história foi filmada no interior de Soledade e de Erechim, no norte gaúcho.

Dia 13.09 – Para Pedro: José Mendes foi um ator, cantor e compositor de música regional gaúcha. Participou de várias caravanas artísticas. Numa dessas viagens, em companhia de Portela Delavy e Luís Muller, ocorreu um episódio que mudaria sua vida. Viajavam de kombi para a realização de um show, quando o carro quebrou e tiveram que pegar um ônibus. A certa altura dois peões começaram a discutir até que um deles, para terminar o assunto falou: “Pára Pedro”, e tornou a repetir “Pedro, pára”. Estava dado o mote para ele e Delavy comporem o xote “Pára, Pedro”. Em 1969, José Mendes atuou no filme “Pára, Pedro!”, baseado em sua música, sendo esse, o primeiro longa metragem colorido produzido no Rio Grande do Sul. O filme foi grande sucesso, permanecendo em cartaz por 23 semanas no Rio Grande do Sul, antes de ser lançado no Rio de Janeiro.

Dia 14.09 – Charrua: a história de um campeão: A história dos campeões serranos do maior festival de arte amadora da América Latina virou documentário. O filme conta a preparação para o Encontro de Arte e Tradição (Enart) do ano passado, que consagrou a invernada adulta do CTG Ronda Charrua vencedora. As filmagens mesclam passagens dos ensaios, bastidores, cenas do próprio concurso e narrativas dos integrantes. O filme mostra passagens importantes da trajetória dos campeões, como o planejamento e construção dos dois barcos da apresentação, as aulas de arte circense para algumas passagens da coreografia, como a de um combatente que cai do alto de uma vela quando ferido, e a produção do figurino.

Dia 16.09 – Anahy de Las Misiones: A saga de uma mulher e seus filhos lutando pela sobrevivência durante o período mais convulsionado da história do Rio Grande do Sul, a Revolução Farroupilha (1835-1845). Arrastando um velho carroção sem bois com a ajuda dos filhos, Anahy enfrenta a guerra, a morte e o medo. Mãe-coragem, Anahy só tem um objetivo: manter unida sua família a qualquer custo. Para sobreviver, perambulam pelo Rio Grande no rastro das escaramuças entre os farroupilhas (revolucionários) e caramurus (legalistas, defensores do Império) recolhendo os despojos dos combates e negociando-os nos acampamentos dos soldados e ambas as facções. Em seu êxodo interminável, Anahy tangencia episódios históricos e lendários da revolução, participando de alguns dos acontecimentos mais marcantes da rica epopéia farrapa. Evitando comprometer-se com qualquer um dos lados, acredita que assim a tragédia da guerra não vai envolvê-los. Inevitavelmente, porém, o conflito se infiltrará em suas vidas e Anahy assistirá impotente à dissolução de sua família.

Dia 18.09 – Netto Perde sua Alma: Antônio de Sousa Netto é um general brasileiro que é ferido no combate na Guerra do Paraguai. Sua recuperação é no Hospital Militar de Corrientes, na Argentina. Lá ele percebe acontecimentos estranhos, como o capitão de Los Santos acusar o cirurgião de ter amputado suas pernas sem necessidade e reencontrar um antigo camarada, o sargento Caldeira, ex-escravo com quem lutou na Guerra dos Farrapos, ocorrida algumas décadas antes. Juntamente com Caldeira, Netto rememora suas participações na guerra e ainda o encontro com Milonga, jovem escravo que se alistara no Corpo de Lanceiros Negros, além do período em que viveu no exílio no Uruguai.

Dia 19.09 – O Tempo e o Vento: Rio Grande do Sul, final do século XIX. As famílias Amaral e Terra-Cambará são inimigas históricas na cidade de Santa Fé. Quando o sobrado dos Terra-Cambará é cercado pelos Amaral, todos os integrantes da família são obrigados a defender o local com as armas que têm à disposição. Esta vigília dura vários dias, o que faz com que logo a comida escasseie. Entre eles está Bibiana matriarca da família que recebe a visita de seu falecido esposo, o capitão Rodrigo. Juntos eles relembram a história não apenas de seu amor, mas de como nasceu a própria família Terra-Cambará.

Texto:   Claudia Chiele

Edição: Assessoria de Imprensa e Comunicação Social

claudiachiele@farroupilha.rs.gov.br

Data de publicação: 02/09/2014

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